Pela nutricionista Ester Soares
Dados do estudo global “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo”, apontam que a fome voltou a aumentar no Brasil. Atualmente,43,1 milhões de pessoas vivem uma situação de insegurança alimentar. O estudo foi elaborado conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Fundo Internacional para Agricultura (IFAD), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Programa Mundial de Alimentação (PMA) da ONU e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Outro sinal grave, resultante da ausência ao acesso a uma alimentação saudável e nutritiva é a aceleração nos índices de obesidade.
O estudo traz à tona indicadores preocupantes. Ele mostra que as pessoas não podem pagar nem mesmo a dieta saudável mais barata e que o número de pessoas subalimentadas está aumentando.
Alguns fatores se destacam: a estabilidade dos alimentos (custos), a disponibilidade e o acesso, mostram que parte significativa da população não consegue comida de forma saudável e nutritiva.
Ainda, de acordo com o relatório, em 2019, 38 milhões de crianças com menos de cinco anos tinha excesso de peso. Entre adultos, a obesidade se tornou pandemia global.
O maior obstáculo ainda é o alto custo dos alimentos.
Superar a fome e garantir acesso a alimentos suficientes, mas igualmente nutritivos é mais do que urgente. A gravidade dos dados alerta para a emergência de implementação de medidas essenciais para a superação dessas condições.
Superar duplamente a desnutrição e os crescentes índices de obesidade é urgente!
Para a FAO,“o aumento da insegurança alimentar e os altos índices de diversas formas de má nutrição são um claro aviso que um esforço global é urgente para assegurar que ninguém fique para trás”!
Leia:
https://brasil.un.org/pt-br/135233-novo-relatorio-sobre-seguranca-alimentar-e-nutricional-no-mundo-reflete-necessidade-de
http://www.fao.org/3/ca9692en/online/ca9692en.html
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 – Análise da Segurança Alimentar no Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro: 2020.