16 de novembro de 2021
Comer intuitivo, Transtornos alimentares e imagem corporal
Pela nutricionista Marle Alvarenga
Você já ouviu falar do modelo Comer Intuitivo? Se não, é a hora de mergulhar, pois finalmente temos disponível em Português a obra original Tribole e Resch 1 https://sextante.com.br/livros/comer-intuitivo/ que teve duas das coordenadoras do GENTA como revisoras técnicas da edição (Marle e Manoela Figueiredo).
Você sabia que quanto mais intuitivamente uma pessoa come, menos risco ela tem de transtornos alimentares e comportamentos de comer transtornado?
O modelo Comer Intuitivo foi criado para ajudar a transformar o comportamento alimentar – sem dietas, sem regras impositivas, sem proibições e sem restrição. Desta forma ele se alinha diretamente a proposta de prevenção e tratamento dos Transtornos alimentares – que são inclusive a experiência das autoras originais.
Os estudos tem mostrado vários benefícios de se comer e viver desta forma: maior bem-estar psicológico e espiritual, maior autoestima, mais autocompaixão e auto aceitação, mais apreciação e aceitação corporal, maior tolerância e mais flexibilidade com a imagem corporal e alimentação2-4 e quanto mais “comedores intuitivos” as pessoas são há menos sintomas depressivos, menos prática de dietas, menos comparações e vergonha corporal e menos práticas não saudáveis de controle de peso – como as relacionadas com transtornos alimentares e comer transtornado – pois há menos compulsão mais prazer em comer, e menor ansiedade com relação a comida!5-9
Assim, se você deseja fazer as pazes com a comida, e se livrar de obsessões com a comida e corpo, encontrar um nutricionista capacitado em Comer Intuitivo é um excelente caminho! Conheça o trabalho dos nutricionistas aqui do GENTA!
E se você trabalha com tratamento e prevenção de Transtornos alimentares, se atualize sobre o papel promissor do Comer Intuitivo!! 10-11
REFERENCIAS
- Tribole E, Resch E. Intuitive eating – A revolutionary program that works. New York:St. Martin’s Griffin; 2012.
- Tylka TL, Calogero RM, Daníelsdóttir S. Is intuitive eating the same as flexible dietary control? Their links to each other and well-being could provide an answer. Appetite. dezembro de 2015;95:166–75.
- Webb JB, Hardin AS. An integrative affect regulation process model of internalized weight bias and intuitive eating in college women. Appetite. 01 de 2016;102:60–9.
- Homan KJ, Tylka TL. Development and exploration of the gratitude model of body appreciation in women. Body Image. junho de 2018;25:14–22.
- Ruzanska UA, Warschburger P. Psychometric evaluation of the German version of the Intuitive Eating Scale-2 in a community sample. Appetite. 2017;117:126–34.
- Denny KN, Loth K, Eisenberg ME, Neumark-Sztainer D. Intuitive eating in young adults. Who is doing it, and how is it related to disordered eating behaviors? Appetite. janeiro de 2013;60(1):13–9.
- Camilleri GM, Méjean C, Bellisle F, Andreeva VA, Kesse-Guyot E, Hercberg S, et al. Intuitive eating is inversely associated with body weight status in the general population-based NutriNet-Santé study. Obesity (Silver Spring). 2016;24(5):1154–61.
- Kabat-ZinnJ. Full catastrophe living: using the wisdom of your body to face stress, pain, and illness. New York: Delta; 1990.
- Hazzard, V. M., Telke, S. E., Simone, M., Anderson, L. M., Larson, N. I., & Neumark-Sztainer, D. (2021). Intuitive eating longitudinally predicts better psychological health and lower use of disordered eating behaviors: findings from EAT 2010–2018. Eating and Weight Disorders-Studies on Anorexia, Bulimia and Obesity, 26(1), 287-294.
- Richards, P. S., Crowton, S., Berrett, M. E., Smith, M. H., & Passmore, K. (2017). Can patients with eating disorders learn to eat intuitively? A 2-year pilot study. Eating disorders, 25(2), 99-113.
- Resende, T. R. O., Almeida, M., dos Santos Alvarenga, M., Brown, T. A., & de Carvalho, P. H. B. (2021). Dissonance-based eating disorder prevention improves intuitive eating: a randomized controlled trial for Brazilian women with body dissatisfaction. Eating and Weight Disorders-Studies on Anorexia, Bulimia and Obesity, 1-14.