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O poder de uma refeição


Por Ester Soares Paulino

Estudo do IBGE ? Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – revelaram aumento da obesidade infantil. A pesquisa divulgada mostrou que em 30 anos o número de crianças e adolescentes acima do peso subiu de 4% para 18% nos meninos e entre as meninas o salto foi de 7,5% a 15,5%.

A obesidade é uma doença, uma epidemia e um grave problema de saúde pública. Sabemos que a disposição genética esta envolvida na manutenção e desenvolvimento do ganho excessivo de peso, principalmente quando associada a fatores ambientais, sociais e psicológicos. Não é simplesmente um problema de gula.
Qual a participação dos pais nesta estatística?

Bem, o ambiente familiar é o local das primeiras experiências com o alimento. As refeições em família tem papel essencial nos hábitos adquiridos na infância e levados para vida adulta. Infelizmente, este hábito em família tem sido deixado de lado. Uma lástima, quando percebemos que as refeições em torno da mesa, com a família reunida permite aos pais compartilhar e dividir experiências, além de ser um bom momento de observar e acompanhar o comportamento alimentar de seus filhos.

A sociedade esta passando por transformações. O papel da mulher mudou bastante com sua entrada no mercado de trabalho, influenciando as mudanças nos padrões alimentares. Contudo, o planejamento familiar e as mudanças que esta nova sociedade impõem devem começar a ser discutidas no ambiente da família.
Dados do artigo ?Family meal patterns: Associations with sociodemographic characteristics and improved dietary intake among adolescents? (Neumark-Sztainer et al., 2003), concluíram que os adolescente que tiveram mais refeições em família tiveram melhores hábitos alimentares, menor IMC, melhores notas na escola, menos comportamentos desordenados na alimentação, menores taxas de depressão e pensamentos suicidas.

Como podemos começar? Também sou mãe, também tenho minhas aflições. Que tal traçarmos metas?
1.Buscar realizar de 3-4 refeições em casa por semana
2.Ter uma rotina estruturada (sentar à mesa, boas maneias, tv desligada)
3.Evitar comentários sobre peso e dietas
4.Oferecer variedade
5.Permitir que o momento da refeição em família fosse prazeroso, sem críticas à mesa, evitando discussões.

Referências:

Pesquisa de orçamentos familiares (2008-2009) ? Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Ministério da Saúde e Ministério do Planejamento. IBGE2010

Neumark-Sztainer D, Hannan PJ, Story M, Croll J, Perry C. Family meal patterns: Associations with sociodemographic characteristics and improved dietary intake among adolescents. Journal of the American Dietetic Association. 2003;3:317-322.



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