Por Ester Soares, nutricionista
Marisa Monte é mesmo uma diva! Adoro sua voz e suas músicas, e ela canta uma com o mesmo título que dei a este texto e que nem é muito conhecida.
“Venha pra cá, venha comigo!
A hora é pra já, não é proibido.
Vou te contar: tá divertido,
Pode chegar!
Vai ser nesse fim de semana (Uh)
Manda um e-mail para a Joana vir (Uh)
Woo, uh!
Não precisa bancar o bacana (Uh)
Fala para o Peixoto chegar aí! (Uh)
Traz todo mundo, “tá liberado, é só chegar.
Traz toda a gente, “tá convidado, é pra dançar,
Toda tristeza deixa lá fora; chega pra cá! (Uh)”
Na voz dela, isso fica lindo. Antes desses versos, ela faz uma brincadeira poética com vários doces e balas da infância de todos nós:
“Jujuba, bananada, pipoca,
Cocada, queijadinha, sorvete,
Chiclete, sundae de chocolate,
Uh!
Paçoca, mariola, quindim,
Frumelo, doce de abóbora com coco,
Bala Juquinha, algodão doce e manjar.”
A analogia dos docinhos, com a doce memória de ser criança, de não precisar “bancar o bacana” me chama a atenção para como estamos levando a vida.
Tem muita regra, tem muita proibição, tem muitos “PODE!” e muito mais “NÃO PODE!” na nossa vida.
Nosso comer no dia a dia não precisa estar emoldurado em padrões rígidos onde não se permite chamar o Peixoto nem dançar pra valer.
Comer pode e deve ser permitido e divertido. Não precisamos viver mostrando que a nossa vida é um post de revista gourmet. Eu quero sim poder me lambuzar, tanto com o frango grelhado com salada em dias quentes, assim como com o fondue de chocolate nos dias frios!
Então, seguindo a poesia, vamos mandar um e-mail para Joanas e dizer que se a vida te der um limão, não se reprima: pode fazer limonada, mousse ou caipirinha. Sem julgamentos.
Não é Proibido – Universo Particular – Marisa Monte – YouTube