Por Viviane Polacow, nutricionista
Há cerca de 4 meses nasceu a minha filha e é desnecessário dizer o quanto este evento mudou a minha vida e me mostrou um novo conceito do que é o amor…
A cada dia que passa eu vejo este ser crescendo, se desenvolvendo, mostrando sua personalidade, enchendo de orgulho esta mãe ultra coruja, e não posso deixar de fazer uma homenagem àquele que transformou aquela sementinha microscópica nesta criança linda (linda mesmo, gente, não é corujice de mãe!) – esta é uma homenagem ao meu corpo, e sobretudo ao nosso fantástico corpo humano.
Obrigada, corpo, por ter aguentado a barra que é se transformar tanto e tão radicalmente em 9 meses. Mas, principalmente, obrigada, corpo, por ter gerado uma criança linda e saudável, por ter aguentado firme e forte as mais de 24h de trabalho de parto e de ter conseguido fazer um parto normal apesar das dificuldades. Obrigada por me permitir amamentar a minha filha, dar o melhor que eu poderia dar a ela e vê-la crescer cada dia mais fofa.
Hoje eu posso não estar com um corpo tão ?bonito? nem tão ?firme? quanto antes. Mas hoje eu respeito, gosto e honro meu corpo muito mais do que antes, porque ele me proporcionou a experiência mais fantástica que já tive ? gerar um novo ser, dar à luz, e trazer mais amor à vida da minha família.
O nosso corpo sempre merece nosso respeito, não importa a forma, tamanho ou peso, porque é ele nos permite viver tudo o que vivemos. Se você é do time que vive insatisfeito e vive criticando sua aparência, pare para pensar, pelo menos por uns instantes, em tudo de fantástico que seu corpo permite fazer e agradeça-o. Gerar uma nova vida, dançar como se ninguém estivesse olhando, abraçar pessoas queridas e ser abraçado, beijar e ser beijado, saltar de paraquedas, andar de bicicleta com o vento batendo no rosto, subir uma montanha, fazer uma trilha no mato (ou fazer uma maratona de compras no shopping ? vai do gosto de cada um!), trabalhar, correr atrás do seu filho, fazer amor, nadar pelado, receber e fazer massagem, surfar, jogar bola, dar risada até a barriga doer… a lista é infinita! Por que então nos prender nos supostos (e finitos) defeitos dos nossos corpos, quando ele nos dá possibilidades infinitas de ser feliz?
Eu lhe agradeço, corpo querido, por toda vida que existe em você, e por toda vida que você me permite viver! E você, pelo que vai agradecer o seu corpo hoje?